Olá Silvana Ferreira de Viseu - Portugal!

De fato a questão da mulher nas cartas do Novo Testamento, já geraram inúmeras interpretações. Encontramos mulheres que admitem o texto que fala da mulher (neste caso será salva pela maternidade) ou das restrições de suas atividades, conforme o texto fala. Este grupo de mulheres não colocam objeções ao texto. Mas existe outro grupo de mulheres mais ativas que procuram participar das suas comunidades, fazem algo para a evangelização e contestam as recomendações pastorais que as cartas apresentam no Novo Testamento.

Se quisermos entender o que Paulo orienta a Timóteo para que leve as comunidades, devemos entender a situação da mulher na época.

- Sabemos que a família era patriarcal em toda a Antiguidade romana e grega. O homem chefe da família era o que determinava as ações de sua clã, mulheres e filhos.

- A participação da mulher era restrita na sociedade, no mundo do trabalho, na educação, na presença nos tribunais de julgamento etc.

- A questão do confronto, entre os valores novos que Jesus propõe a sociedade em relação a mulher não eram bem vistos, pelos judeus, ou romanos acostumados em decidirem por suas mulheres e famílias.

 

Como entender a passagem de 1 Timóteo 2,15

Possivelmente existiam doutores, (considerados falsos por Timóteo) na comunidade que anunciavam as mulheres a possibilidade de não casarem-se.

Sabemos que a vocação da mulher, primeiro de tudo, a maternidade e de colaborar com Deus em gerar novas vidas e educar seus filhos.

Só podemos entender a proposta pastoral de Timóteo a comunidade se olharmos a participação da mulher com os olhos de Jesus.

Nada a ver com condenação, (ao inferno) se não gerarem filhos ou tornarem-se impossibilitadas de gerarem filhos.