Paulo, através do seu exemplo e da sua pregação, indica, para nós cristãos, quem é a razão da nossa vida, Cristo. Paulo não é alguém que tira a luz de Cristo, mas aponta para Ele: "o meu viver é Cristo" (Filipenses 1,21). Portanto, não podemos colocar Paulo no mesmo patamar de Cristo. Paulo é apostolo, que se define assim, sem ter feito parte dos 12, pois não conheceu Jesus. Paulo é um seguidor de Cristo, é alguém que transmite a sua mensagem, é um seu servo. Aí está a diferença entre os dois.

Em si, o cristão não precisa de Paulo, se quiséssemos falar de maneira radical. Todavia Paulo é importante para nós por que fez com que a sua mensagem se espalhasse pelo mundo afora, especialmente entre os pagãos, fora do contexto dos judeus. E não só isso: foi iluminado por Deus para que entendêssemos de maneira clara o mistério de Jesus, da sua vida, morte e ressurreição. Portanto, os escritos paulinos, as cartas que escreveu às comuniades por onde passou, iluminam o nosso entendimento sobre o mistério divino. Lembremos que as cartas de Paulo são os escritos mais antigos do Novo Testamento, escritos cerca de 20-30 anos depois da morte de Jesus. Os Evangelhos foram escritos mais tarde, cerca de 50 anos depois que Cristo morreu na cruz.