Infelizmente essas recomendações não as encontramos explicitamente em Paulo. Pode ser que você queira a referência que existe em 1Coríntios, quando no capítulo 5 Paulo trata do caso de incesto dentro da comunidade. Nesse capítulo ele faz uma menção à Páscoa, a Cristo imolado, ao fermento e ao pão ázimo. Lemos assim, nos versículos 7-8:

Purificai-vos do velho fermento para serdes nova massa, já que sois sem fermento. Pois nossa Páscoa, Cristo, foi imolada. Celebremos, portanto, a festa, não com velho fermento, nem com fermento de malícia e perversidade, mas com pães ázimos: na pureza e na verdade.

Na mesma carta há um outro texto importante de Paulo, que é a primeira narração da "última ceia", mas nela não existe detalhes de como fisicamente deve ser celebrada, mas fala mais especificamente do espírito que deve ter a comunidade que a celebra. Você pode ler o texto em 1Coríntios 11,17 seguintes.

O pão sem fermento, as ervas amargas e o cordeiro são elementos típicos da festa da páscoa celebrada pelos judeus ainda hoje, que recorda a saída do Egito e a libertação da escravidão dos hebreus. Para nós cristãos, a Páscoa significa a Morte e Ressurreição de Cristo, a passagem para uma nova vida e a libertação definitiva de todas os sinais de morte que afligem essa vida. Os elementos da festa judaica servem ainda hoje para nós cristãos entendermos definitivamente o mistério realizado em Cristo, mas não são mais elementos litúrgicos que usamos para nossas celebrações.