Os 4 evangelistas mencionam esse personagem, um prisioneiro que foi agraciado nos dias da paixão, tomando o possível lugar de Jesus, que segundo a proposta de Pilatos ao povo, poderia ter sido solto.

Os evangelhos assim o apresentam:

  • Mateus: um preso famoso (27,16);
  • Marcos: preso com outros amotinadores que, numa revolta haviam cometido um homicídio (15,7);
  • Lucas: preso por um motim na cidade e por homicídeo (23,19);
  • João: era bandido (18,40).

Em síntese, podemos dizer que Barrabás era um bandido, que foi preso por ter cometido um homicídio.

Essa menção nos evangelhos são as únicas informações, em absoluto, que temos sobre Barrabás. A única coisa que se pode acrescentar são informações inerentes ao contexto político e social daquele tempo, hipotizando de onde viria Barrabás. Mas são suposições que não podem ser comprovadas.

Podemos notar que Mateus diz que era "famoso". Isso nos permite hipotizar que fosse um tipo de heroi, para alguns. Marcos 15,11 diz claramente que os chefes dos sacerdotes incitaram a gente a pedir a libertação de Barrabás e isso mostra que os sacerdotes cederam à pressão desse grupo que considerava Barrabás um heroi.

O nome Barrabás significa "filho de Abá".

É interessante notar que alguns manuscritos antigos da Bíblia trazem em Mateus 27,16 o nome "Jesus Barrabás". Em outras palavras, Pilatos teria perguntado: "vocês querem que eu solte Jesus Barrabás ou Jesus Cristo"?

Outro elemento que chama a atenção é esse costume de soltar um preso durante as festas da Páscoa. Não existem informações sobre esse costume, exceto uma passagem na Mishna (Pes 8,6) onde se diz que o cordeiro pasqual pode ser sacrificado "em favor de um ao qual foi prometida a libertação da prisão".