Olá William de Bauru!

Relutei em  animar-me para responder a sua pergunta.

A verdade é está, a Igreja deveria servir para o culto a Deus. Apesar de todos os avanços que tivemos, em determinadas ocasiões ainda Igreja serve para velar as pessoas.

Respondo também, a partir do trabalho de evangelização em que incluía a encomendação dos mortos. Realizei em mais de 40 anos de evangelização não centenas de enterros mas penso que passam de um milhar. No início de minha atividade trabalhando em pequenas cidades do interior e pequenas comunidades espalhadas nos campos de trabalho, os enterros eram realizados nas casas das famílias, muitos que não tinham condições solicitavam as Igreja para realizar o velório. Como temos costume de velar 24 horas, as pessoas passam a noite, velando. Nas frias noites de inverno com baixas temperatura e muitas vezes chovendo, era preciso ter algo para abrigar as pessoas. Isto era providenciado: juntava-se a Igreja e o salão da comunidade, no inteiro ainda assim acontece. Não se descartava a possibilidade de velar na Igreja. Não seria nem humano nem solidário a família.

Nos últimos anos nas cidades, não e faz mais velórios em Igrejas, tem funerárias, capelas mortuárias, crematórios que assume estes serviços independente da religião. A realidade mudou. Esta situação poderá responder a pergunta, a Igreja nas cidades não são mais lugar de velório. Muito raramente, o padre ou pastor são velados na Igreja para que as pessoas que moram nas imediações possam ir ao velório.

Penso que ainda no interior deste país longe de tudo e nas periferias das cidades, onde vivem milhares de pessoas na miséria, muitas vezes, por falta de condições o que resta para confortar a família é velar na Igreja.

Afinal sabemos tão bem que enterrar os mortos, é uma obra de misericórdia. Se não está escrito na Bíblia, “não se deva velar na Igreja” nas entrelinhas das palavras Jesus está a nos dizer este ensinamento e uma grande ato misericordioso.