Olá Paz de Braga - Portugal!

A compreensão do suicídio, até há pouco tempo, era radical e a Igreja pensava de forma condenatória.

Assim, para alguém que cometesse suicídio, o lugar do sepultamento era fora do cemitério. A Igreja não concedia perdão, num ato terminal de uma pessoa tirando a vida.

Em consequência, o falecido não era levado a Igreja para as orações de encomendação, benção da sepultura etc. Nem mesmo os Párocos aceitavam em celebrar orações que tradicionalmente se fazem pelos mortos, 7º dia, 30º dia, 1º ano de falecimento.

Felizmente hoje se pensa diferente, somos criaturas humanas e não temos condições de julgar um derradeiro ato humano, como o suicídio. As causas são muitas, complicadas e muitas delas sem uma resposta conclusiva.

Hoje os sacerdotes, estão presentes no momento do sepultamento e nas orações que se realizam posteriormente. Este modo de pensar, é mais humano, cristão e solidário para com a família que sofre duplamente a perda de alguém morre praticando o suicídio.

Deus é que nos julgará ele que conhece as profundezas do ser humano. Ele que saberá os verdadeiros motivos de tal ato contra a vida.

Penso que é melhor assim.

Meu testemunho:

Como celebrante de orações pelos falecidos, ao longo dos meus 30 anos de ministério realizei milhares de sepultamentos: seja encomendações realizadas nas casas, capelas, igrejas, funerárias, orações no 7º dia  de falecimento etc, na verdade sempre foi difícil presidir uma celebração por alguém que se suicidou. Só a força de Deus, nos coloca as palavras adequadas que devem ser ditas para ajudarem aos familiares passarem estes momentos de dor. Agradeço a Deus que me tornou mais humano nestas ocasiões...