A diferença entre esses termos fica clara a partir da clareza com que se entente os seus significados. Obviamente essa pergunta pode ter um fundo de preconceito contra o ecumenismo. De fato, tenho visto aqui no site uma certa tendência a excluir qualquer possibilidade de tal atitude, que invés pensamos ser uma experiência cada vez mas necessária, pois julgamos ser a condição para evitar divisões dentro do cristianimso e caminhar em direção à unidade querida por Cristo.

Ecumenismo essencialmente é conversa. Há muita explicação teológica sobre o tema, que poderíamos abordar. Às vezes é necessário recordar os fundamentos teológicos do ecumenismo, mas acredito que podemos resumir dizendo que se trata de um movimento caracterizado pela vontade de duas pessoas, que vivem experiências religiosas diferentes fundadas sobre uma mesma pedra basilar, se sentarem e conversarem, graças à abertura à escuta e ao diálogo. Toda conversa precisa de abertura ao outro. Se isso não existe, não há possibilidade de comunhão. Quem escuta tem que aceitar a possibilidade de que o que o outro está dizendo pode ter alguma razão de ser e quem fala tem que aprender a se calar e escutar. É a dinâmica do diálogo aplicada à vida cristã, quando se fala de ecumenismo dentro do cristianismo.

O sincretismo é a mistura de várias práticas religiosas que se reúnem e se tornam práticas comuns. Na religiosidade popular brasileira é muito fácil ver a presença do sincretismo religioso: a relação entre os santos católicos e os orixás, Nossa Senhora e Iemanjá e assim por diante. Normalmente o termo sincretismo não se aplica entre diferentes igrejas cristãs, mas entre diferentes religiões, tais como o cristianismo e as religiões africanas, no exemplo citado acima.

Irenismo é um termo que está ligado ao vocábulo grego "eirene", que significa "paz". Resume uma corrente religiosa dentro das diferentes igrejas que procuram sublinhar elementos comuns em vista de uma eventual união. É um termo usado a partir de Moehler, em 1825.

 

Encontro dificuldade de aproximar os outros dois termos com o tema do ecumenismo.

A Nova Evangelização é um termo muito comum na igreja católica, que tem inclusive um Pontifício Conselho para a sua promoção. A partir do Papa João Paulo II se sublinhou a necessidade de um novo vigor evangélico, principalmente nas áreas consideradas já evanglizadas.

Proselitismo é a ação de tentar converter alguém ao próprio credo, à própria fé. É o esforço de fazer com que o outro entre na minha comunidade, no meu modo de ver a fé, na minha prática religiosa. No contexto bíblico, o prosélito era aquele que não nasceu judeu, mas se converteu ao judaísmo.