Essa frase se encontra em 1Coríntios 13, no assim dito "hino à caridade", uma passagem em que Paulo fala sobre os carismas, sobre a hierarquia deles, onde o mais importante é a caridade ou amor, como quisermos (veja uma explicação do termo usado para "amor").

Bronze e címbalo são uma metáfora que querem tornar evidente o que significa o cristão que vive sem praticar a caridade. É claro que uma metáfora só é eficaz quando o auditório está acostumado com o símbolo usado. Nós, hoje, não conhecemos mais nem o "bronze" e muito menos o "címbalo". A característica dos dois é que produzem um som, chamam a atenção, "aparecem". Esse é o conceito que temos que ter em mente, que Paulo quer que retemos. Um cristão pode "aparecer", graças aos dons que tem (Paulo cita aquele das "línguas"), pode "fazer barulho", mas é um som que, aos poucos, se torna chato, que incomoda. Esse som deve ser alimentado com outros "rumores", com outros sons, especialmente com aquele do amor.

Poderíamos comparar o "bronze" a um sino e o címbalo ao prato, instrumento de percursão usado nas bandas e orquestras. O prato é usado com muita discrição, apenas para dar o ritmo; na orquestra ele não pode se sobressair, não aparece tanto. Dificilmente faz o "solo", mas serve apenas como acompanhamento.

O amor (caridade) é a verdadeira melodia do cristão: não aparece, é discreta, mas muito eficaz.