Provavelmente a sua pergunta tem a ver com a relação entre o ser humano e Deus. Abraçar a Deus é uma questão pessoal, de decisão individual ou contam outros fatores?

Essa questão tem sido muito discutida nos séculos. Por um lado, certos grupos, como os católicos, sublinham a força que tem as obras no seguimento de Cristo, por outro, algumas linhas protestantes, destacam que a graça de Cristo nos justificou a todos, independentementes da nossa vontade.

Como muitas vezes acontece, virtus in medium est (a virtude está no meio). Deus da para nós um presente, a graça da justificação.E o presente é dado espontaneamente, de graça, sem necessidade de um pedido. Esse dom é dado graças à bondade divina, que se traduz em amor por seus filhos. Por outro lado, a fé sem obras é morta. Não estou salvo só por que Deus quis; é necessário que faça a minha parte, que transforme o mundo com o modo de ser cristão.

Deus não precisa das minhas obras, pois Ele é onipotente. Somos nós que precisamos abraçar a fé. Um presente pode ser aceito ou rejeitado. Deus, como um pai ou mãe, não imponhe, mas propõe. O ser humano aceita ou rejeita. As obras testemunham a fé, confirmam o fato de a termos abraçado ou rejeitado.

Portanto, obras e fé estão intimamente ligados.

Depende de nós o aceitar, mas o nosso aceitar só é possível porque tem uma proposta de Deus. Sem Deus não poderíamos aceitar nada. É a sua graça que nos dá tal chance.