Olá  Rogério de Passo Fundo - RS! 

Fariseus e suas diferenças.

A diferença principal entre fariseus e samaritanos, está na própria origem destes grupos. Não se fala em povo fariseu, mas de um grupo de Judeus, que eram fariseus. Isto é Judeus que tornavam-se fariseus, por causa do conhecimento e do estudo da Lei judaica. Assim eles se consideravam os verdadeiros Judeus, conhecedores das escrituras e conhecedores de todas as leis e como praticá-las. Jesus teve muitos conflitos com os fariseus, por causa da observância da lei: Jesus foi muito duro com eles: chamou de sepulcros caíados, colocam pesos nos ombros do outro sem ajudar a carregar. Por fim como a maioria do sinédrio (70 membros) eram fariseus ele foi condenado a morte.

Os samaritanos e as causas das diferenças.

Os samaritanos formavam um grupo de pessoas, que na época do exílio eram grupos de populações conquistadas pelos Assírios e trazidos para a Samaria. Os Assírios eram guerreiros cruéis e tinham determinações atrozes. Os assim chamados samaritanos, (passaram a viver na Samaria) eram pessoas de diversas raças, crenças, etnias etc. Os fariseus bem como todo o judeu desprezava os samaritanos, pois eram impuros quanto a raça. Não eram considerados Judeus. Um agravante era: Os Judeus não circulavam pelas estradas da Samaria, seria caminho mais curto a Jerusalém, pela montanha e os do norte iam a Jerusalém pelo vale do Rio Jordão, para não tornarem-se impuros.

Percorrendo a História dos samaritanos! Descobrimos as diferenças entre eles e os fariseus.

Para entender o nascimento dos samaritanos, precisamos lembrar que o reino de Israel, depois da morte de Salomão, foi dividido em Reino do Norte (também conhecido como Israel), cuja a capital era Samaria, e Reino do Sul, com sede em Jerusalém, conhecido como Reino de Judá. O Reino do Norte era composto por 9 tribos e abrangia a maior parte do território de Israel. Cada um dos reinos seguiu uma história diferente. Cerca de 700 anos antes de Cristo, o Reino do Norte acabou, sendo tomado pela Assíria e seus habitantes foram deportados. Alguns habitantes ficaram na terra. Provavelmente eram agricultores, gente mais pobre. Do ponto de vista dos habitantes de Jerusalém, esses habitantes que ficaram na Samaria começaram a perder a própria identidade religiosa, misturando-se com os pagãos, perdendo as características que os ligavam ao Deus único de Israel.

O Reino do Sul, cuja capital era Jerusalém, sobreviveu ainda por cerca de 200 anos, quando em 587 a capital foi destruída e os moradores levados para o exílio em Babilônia. Segundo a Bíblia, quando esses deportados voltaram do exílio e tentavam reconstruir o templo, os Samaritanos queriam frear a construção. Também teriam se aliado contra os judeus na época de Antíoco IV.

Do ponto de vista histórico, todavia a história parece ser diferente. De fato os samaritanos preservaram a fé em YHWH, o Deus único, tanto que chegaram a construir, em Garizim, um templo que era cuidado por sacerdotes da descendência sacerdotal. E, em relação à reconstrução do templo de Jerusalém, há indícios que os samaritanos quiseram ajudar os judeus a reconstrui-lo, mas foram esses últimos que não aceitaram a ajuda dos "primos" samaritanos. Os samaritanos até mesmo adotaram o Pentateuco (com algumas 'correções' onde se sublinha sobretudo a importância do templo no Monte Garizim invés de Jerusalém) e eram fiéis aos mandamentos dados por Moisés.

Na bíblia temos um conflito muito interessante entre esses dois grupos de hebreus. Uma parte da Bíblia (Esdras e Neemias) conta como a comunidade de Jerusalém era decidida a separar os judeus que regressaram do exílio em Babilônia dos judeus que ficaram na terra, que não foram deportados, a "gente da terra". Por outro lado, transparece que essa separação entre os dois grupos foi o auge de um longo batalha política que, num primeiro momento, parecia prevalecer a ideia daqueles que queriam a união entre as duas correntes.

Imagem do bom samaritano.