Olá Jose Vega Sanchez, Coquimbo / Chile.

Na pergunta já está parte da resposta. No Judaísmo imperava o sistema do puro e do impuro. Para uma pessoa se tornar impura, era muito fácil. Devido ao grande número de leis que o judaísmo colocava para os seus seguidores, a grande maioria das pessoas estavam impuras. Muitas delas devido a gravidade da enfermidade deveriam se retirar do ambiente social.

A situação dos leprosos:

Conhecemos muito bem pelos textos dos evangelhos o que aconteciam com uma pessoa que adquiria a lepra. Automaticamente deveria deixar sua família, esposa, filhos, o convívio social e unir-se com outros leprosos, que vivam geralmente em cavernas lugares ermos longe da sociedade. Recolhiam alimentos que eram deixados na beira das estradas.

A situação dos cegos:

Conhecemos o ambiente em que viviam os cegos nas narrativas de curas que Jesus realizou. O caso do cego de Jericó que esmolava na entrada da cidade. Ali era o lugar que os cegos se localizavam para conseguirem algumas moedas e comida. A cegueira era uma doença que tornava a pessoa  impura, e descriminada da sociedade. Os cegos viviam da esmola recolhida nas portas das cidades.

A situação dos paralíticos.

Os doentes que sofriam paralisias eram descriminados pela sociedade e pelo sistema, e nenhuma ajuda recebiam para a recuperação. Simplesmente eram deixados a margem da sociedade, eram considerados impuros, Estavam pagando pelos seus pecados, ou dos antepasados. Lembramos o fato da quantidade de doentes e paralíticos em torno da piscina de Betesda, em Jerusalém, esperando o movimento das águas para uma possível cura.

Concluindo:

Os evangelhos abordam esta situação dos excluídos da sociedade pela própria enfermidade. Jesus não os condena, alegando que são impuros, pecadores. Mas para aqueles que com fé acreditam em sua pessoa ele cura reintegrando-os na sociedade.