Era filha de um rei da Sidônia, Etbaal, e esposa do rei Acab, em Israel (1Reis 16,29-34). A maldade desse rei é atribuida também à sua esposa, pois, graças a ela, "passou a servir Baal e a adorá-lo; erigiu-lhe um altar no templo de Baal, que contruiu em amaria. Acab erigiu também um poste sagrado e cometeu ainda outros pecados, irritando Iahweh, Deus de Israel, mais que todos os reis de Israel que o precederam (1Reis 16,32-33).

Segundo uma parênteses em 1Reis 18,3, Jezabel massacrou os profetas de Iahweh, dando espaço aos profetas de Aserá e de Baal (1Reis 18,19). Será contra esses profetas que Elias combaterá, no Monte Carmelo, na famosa disputa do sacrifício (1Reis 19,20-40).

Jezabel é também protagonista na história da vinha de Nabot (1Reis 21). Acab, rei de Israel queri tomar essa vinha, mas Nabot não lhe permitiu. Então Jezabel organizou o assassínio do proprietário da vinha e assim o rei pode possui-la. Isso provoca a reação do profeta Elias que, ao rei diz: "Mataste e ainda por cima roubas!" E contra Jezabel anuncia que Iahweh pronunciou uma sentença: "Os cães devorarão Jezabel no campo de Jezrael" (1Reis 21,23).

A profecia se torna realidade quando Jezabel é assassinaa por Jeú, novo rei de Israel (2Reis 9,30-37).

 

Novo Testamento

O nome de Jezabel aparece também em Apocalipse 2,20, numa das cartas às 7 igrejas (à Tiatira):

Reprovo-te, contudo, pois deixas em paz Jesabel, esta mulher que se afirma profetisa: ela ensina e seduz meus servos a se prostituírem, comendo das carnes sacrificadas aos ídolos.

Pode ser que no tempo em que João escreve existisse uma mulher com esse nome, mas é muito mais provável que o nome seja simbólico, recordando a rainha Jesabel do livro dos Reis, recordando a sua maldade e, sobretudo, a sua idolatria.