Olá Reniets A. Couto do Rio de janeiro / RJ!

 A resposta mais curta e sem especulações em torno de João é aquela que encontramos no próprio texto do livro do Apocalipse. O texto é simples e claro, e o encontramos no primeiro capítulo na parte dedicado as cartas as sete Igreja da Ásia e versículo 9:

“Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, na realeza e na perseverança em Jesus, encontrava-me na ilha de Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.” (Apocalipse 1,9) Bíblia de Jerusalém.

Completando:

Antigas tradições estabelecem que o Apocalipse foi escrito no fim do primeiro século. Por exemplo, São Irineu escreve: “O Apocalipse surgiu pouco antes disto e quase em nosso tempo, nos fins do reinado de Domiciano.” O historiador Eusébio (no começo do quarto século) informa-nos que escritores pagãos contemporâneos fazem menção do tempo do exílio de São João para Patmos por divulgar a Palavra de Deus, e fixam este evento no décimo quinto ano do reinado de Domiciano (81-96 D.C.).

Assim, o Apocalipse teria sido escrito ao término do primeiro século, quando cada uma das sete igrejas da Ásia Menor, a quem São João dirigiu suas epístolas, já possuíam sua própria história e de um modo ou de outro, já tinham determinado a direção de sua vida religiosa. O Cristianismo entre elas já não estava em seu estado original de pureza e verdade, e um pseudo-cristianismo estava tentando competir com o verdadeiro. Ao que tudo indica, a atuação do Apóstolo Paulo, que dedicou muito tempo pregando em Éfeso tornou-se lembrança de um passado distante. Os cronistas eclesiásticos dos três primeiros séculos, são concordes no que diz respeito ao local onde foi escrito o Apocalipse, o qual eles reconhecem ser a ilha de Patmos, mencionada pelo próprio Apóstolo, como sendo o lugar onde ele recebeu a Revelação (Apoc. 1,9-11). Patmos fica situado no Mar Egeu, ao sul da cidade de Êfeso e durante tempos antigos era lugar de exílio.

Fonte:CORSINI, Eugênio, O apocalipse de São João, Grande Comentário Bíblico, Paulinas, São Paulo 1981. Pag. 92-94