Paulo era conhecido como "apóstolo dos gentios" (veja Romanos 11,13). Os gentios eram todos aqueles judeus que viviam fora de Israel. E Paulo recebe esse título porque ele viajou muito, chegando até Roma, o centro do mundo de então, a capital do império que naquela época dominava e pregava para os judeus e pagãos que viviam nas terras por onde passava.

Na verdade ele não era "apóstolo", título normalmente reservado aos 12 discípulos escolhidos por Jesus. Essa tradição de Paulo como apóstolo nós descobrimos nas suas próprias cartas. Por exemplo, em Romanos 1,1 lemos: "Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo" (veja também 1Coríntios 1,1.

Não obstante Paulo não tenha sido incorporado ao grupo dos Doze, é apóstolo singular porque Cristo ressuscitado o enviou aos pagãos e em nada fica devendo aos Doze, pois como eles, também ele viu a Cristo ressuscitado (1Coríntios 9,1) e recebeu dele a missão de ser sua testemunha (Atos dos Apóstolos 26,16). Na sua humildade, diz que não merece ser chamado de "apóstolo" e se considera o último dos apóstolos (1Coríntios 15,9).