
Geograficamente, essas comunidades se encontravam na Ásia Menor, na atual Turquia. Infelizmente não conheço bem a realidade religiosa daquela região. De qualquer forma a vida dos cristãos católicos, sobre quem tenho maiores informações, não é fácil. Em Tarso, por exemplo, há somente uma comunidade com 3 religiosas. No país a maioria é muçulmana. Os cristãos, embora possam professar a própria fé, normalmente sofrem alguma forma de descriminação. Prova disso é que a maioria é gente pobre. Portanto, as igrejas dessas cidades, que até mudaram de nome ou não existem mais (Éfeso, Esmirna, Bergama, Akhisar, Sardes, Filadelfia e Laodiceia não existem mais), se existem, são pouco expressivas.
Apesar da realidade geográfica, a mensagem do Apocalipse transcende a situação física da realidade turca. De fato a mensagem das cartas às 7 igrejas continua valendo para nós hoje. As palavras ali escritas mostram quais podem ser os pontos fracos de nossas comunidade e de nós mesmos e nos convocam para que sejam corrigidos. Isso é confirmado pelo simbolismo que engloba o número 7. De fato o uso deste número testemunha a vontade do autor do Apocalipse de falar da universalidade da igreja e não apenas de 7 igrejas particulares.