O momento do exílio em babilônica, que deixou o povo de Israel no cativeiro por 5 décadas, é contado em 2Rs 25 ou também em Jeremias 52.

Resumo aqui aquilo que o Odalberto já disse em outra ocasião sobre esse período importante da história de Israel:

O cativeiro da Babilônia, também considerado como Exílio, é a deportação em massa dos hebreus do Antigo Reino de Judá transferidos para a Babilônia, pelo então Rei Nabucodonosor. Era uma estratégia de guerra muito comum fazendo com que os exilados se desarticulassem e não causassem mais problemas de rebeldia. Foi assim que permaneceram no Reino de Judá apenas os velhos, aleijados e inúteis. Neste período Deus se utiliza de profetas como: Jeremias, Ezequiel e Daniel. A primeira deportação para a Babilônia acontece no ano de 598 a.C e o Rei Joaquim de Jerusalém se rendeu voluntariamente. Em 587 a.C acontece a segunda deportação em conseqüência da revolta de Judá e Jerusalém é destruída. Os historiadores confirmam que o cativeiro termina em 538 a.C. no primeiro ano do reinado de Ciro II, conquistando a cidade de Babilônia em 539 a.C. Ciro emite um decreto e autoriza o retorno dos hebreus para sua terra e permite que reconstruam o Templo de Jerusalém. 

Quanto durou o exílio
Se considerarmos a primeira deportação, acontecida em 598 a.C, e o retorno permitido por Ciro, em 538 a.C., o exílio do povo de Judá durou 50 anos.

Os profetas e o exílio
Em geral, para os profetas o Exílio é um tempo de purificação, uma consequência do pecado de Israel. Para eles trata-se de uma punição divina, por causa da infedelidade do povo. Eles constantemente proclamam oráculos contra os dirigentes, contra a religião praticada no Templo, contra todo o povo, numa tentativa desesperada de evitar a punição amarga de Yahweh.

Ezequiel, por exemplo, no capítulo 21, anuncia a devastação de Judá provocada pela Babilônia. É eminente a invasão de Nabucodonosor. A leitura que o profeta faz, já exilado (foi levado para Babilônia antes da destruição definitiva do templo de Jerusalem acontecida 587a.C.), é que é a mão de Deus que está agindo. É claro que a linguagem usada por Ezequiel nos espanta: "a espada está afiada e polida! Afiada para executar na matança". Todavia essa imagem plástica não é aquela que deve prevalecer na nossa interpretação. Deve predominar a certeza que a história é permeada pela presença divina.