Esse termo tem um aurea esotérica porque muito usado pela literatura rabínica, como por exemplo a Cabalá. Tratar sobre essa literatura é muito complexo e convido a ler um artigo da nossa colega Ivete, já presente aqui no site. Abaixo dou só uma explicação rápida sobre o vocábulo, para que seja desmistificado o seu significado.

A palavra Shekhinah (leia-se chequiná) é uma transliteração do substantivo hebraico שכינה. Essa palavra vem do verbo lishkhon (da raiz ShKN), que em português seria "morar". Literalmente poderíamos traduzir como "habitação". Na Bíblia indica a "presença de Deus", em alguns casos visível como manifestação do próprio Deus, como, por exemplo, na nuvem que acompanhava a caminhada do povo pelo deserto, quando saiu do Egito rumo à Terra Prometida (veja Números 10,34) ou quando Moisés recebe a Lei (Êxodo 20,21).

Outro texto que dá origem à teologia sobre a Shekkinah se encontra em Números 16,19, onde a "glória de Iahweh" se mostra a toda a comunidade, na Tenda da Reunião. Essa "tenda", em poucas palavras, é o futuro templo, construído por Salomão, no qual (Santo dos Santos) estava a presença de Deus.

Portanto, a Shekkhinah não tem nada a ver com deuses gregos. É basicamente um termo usado pela literatura rabínica e quer descrever a presença de Deus que se manifesta no nosso meio, através da sua glória.

Nós somos muito facilmente levados pelos nossos interlocutores, pois temos pouco conhecimento, pouca capacidade de discernir as palavras e, na verdade, bastante preguiça de caminhar com nossas próprias pernas. Não quero dizer que é proibido escutar. Melhor: é um dom saber ouvir. Todavia temos que ser grandes na fé. Hoje a internet nos ajuda tanto. Um exemplo palese é esse site. Basta fazer uma pergunta que nós damos uma mão. É claro que também os nossos textos devem passar pelo crivo do seu juízo.