
Apesar da esterilidade das matriarcas ter sido até agora um tema descartado da discussão acadêmica e considerado um motivo do folclore israelita, a autora revela, em sua análise, que a esterilidade é um dos símbolos mais expressivos da relação de D' com seu povo, no curso da
história do cumprimento da promessa divina aos patriarcas.
O estudo minucioso dos textos, na língua original, coloca em relevo os sentidos entrelaçados do radical hebraico 'aqar ( estéril) que são os de infecundo, desenraizado e impotente.
Abre-se , portanto, uma nova perspectiva para se compreender a história das origens de Israel: a do sofrimento íntimo dos seres marginais em uma sociedade em formação.