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Hoje era domingo. De manhã cedinho subimos o Monte Carmelo e participamos da missa em Italiano na Igreja dos Carmelitas dita Stella Maris (estrela do Mar), que homenageia a Madre de Deus. Nesse local, no século XII nasceu essa ordem, recordando principalmente os eventos que marcaram a vida do Profeta Elias. Nessa igreja, destruída e reconstruída diversas vezes, há uma gruta dita de Elias, que recorda sua força e sua fé na potência de Deus.

Depois, seguimos na direção oriental, para o outro extremo dessa cadeia montanhosa que é o Monte Carmelo (vinha de Deus). Ali existe outro santuário, também esse dos Carmelitanos, que recorda um evento particular da vida de Elias, quando ele combateu contra a idolatria praticada pelos reis do Reino do Norte, derrotando os 450 sacerdotes de Baal (1Reis 18). É um convento pequeno, perdido em um contexto muito particular, no meio de cidadezinhas habitadas por drusos, um povo que se assemelha aos árabes, mas com características próprias. Um santuário naquele local é um próprio desafio. Uma estátua do profeta Elias com a espada na mão relembra a condena à morte dos sacerdotes de Baal.

Nos próximos dias ficaremos hospedados na cidade de Tiberíades, na casa dita Oasis Emmanuel, que pertence a um movimento chamado “Comunidade do Emanuel”. É a principal cidade da região do Lago da Galileia, moderna, com muitos habitantes. Como o horário de chegada era apenas as 17, do Monte Carmelo fomos em direção de Magdala, aonde almoçamos em um kibutz da zona.

Depois do almoço, nos dirigimos para Tabga, aonde fica a igreja que relembra os milagres da multiplicação de pães e peixes (os Evangelhos falam de diferentes milagres, talvez 6, mas pode também ser que se trate do mesmo evento, com detalhes diferentes para cada autor sagrado). É um lugar gostoso, tranquilo. Alguém que vem de Roma, aonde todas as igrejas são abertas gratuitamente, começa a estranhar o fato que por aqui peçam algum dinheiro para entrar. Não é muito, é verdade, mas é algo que faz refletir. É provável que com menos recursos, essa contribuição no ingresso é necessária para a sobrevivência da comunidade que toma conta do local.

Depois seguimos, beirando o lago da Galileia, para Cafarnaum, a cidade do apóstolo Pedro, cidade muitas vezes nos evangelhos, que dizem que ali se tornou ‘a cidade de Jesus”. Fica ao lado do lago e é fácil imaginar a vida quotidiana dos apóstolos, lidando com suas barcas, pegando o peixe que lhes permitia sobreviver. Uma igreja moderna, em forma de barco – que mais parece uma nave extra-terrestre – foi construía sobre as ruínas daquela que a tradição diz ter sido a casa do apóstolo Pedro. Ao menos a igreja possui vidros e permite ver a maravilha do lago e também os restos das ruínas da “igreja doméstica”. O locar é característico também por conservar de maneira extraordinária uma sinagoga muito antiga, do IV século depois de Cristo.

O que apreciamos muito nesse local foi o pátio que os franciscanos abriram e que permite aos peregrinos de apreciar o “mar”. É uma experiência única! Um momento gostoso, pacífico e cheio de reflexão, pensando naquelas pessoas que acompanharam Jesus e na fé que os levou a transmitir até os dias de hoje a Boa Nova de Deus.

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