Olá Diana de Maranguape - CE   

Quem não conhece este texto que se encontra em 2 Reis 5 intitulado a cura de Naamã, um general Assírio do rei Aram. O profeta Eliseu instiga a autoestima de Naamã, quando pede que vá até o rio Jordão e se banhe sete vezes e serás curado da Lepra. Naamã indignado pela proposta, retirou-se. E neste momento despreza o que o profeta Eliseu e propõe dizendo:

“Porventura os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não valem mais que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles para ficar purificado?” ( 2 Reis 5,12) Bíblia de Jerusalém.

Para Naamã trocar as águas límpidas dos rios de Damasco com suas nascentes nas montanhas, pelas águas barrentas, sujas e quentes do Rio Jordão, não era admissível. De fato no pensamento de Naamã, não existia um parâmetro. Jamais trocaria estas águas.

Mas alguém dentre os presentes, de repente, lembrar ao general que ele viera até Israel não com objetivo de tomar banho no Jordão para refrescar-se.  Suas águas eram barrentas, sujas e quentes. Se buscasse o melhor, seria fazê-lo em Damasco onde as águas eram límpidas e frescas. Sua vinda até ali em presença do profeta Eliseu não era como general do exército Assírio, mas ele estava ali como o leproso precisando de tratamento e de cura. Nada mais ele queria.

Algo mais sobre o significado dos Rios Abana e Farpar:

Falamos que todo nome tem seu significado, Abana e Farpar tem o seu significado: Entendemos como -  habilidades humanas, filosofias dos homens, capacidade natural.

Vejamos a primeira compreensão de Naamã. Ele desejava mergulhar:

- num lugar de capacidade natural (e não sobrenatural), ele conhecia as águas dos dois rios Abana e Farpar como límpidas, frescas e reconfortantes,

-  num lugar de habilidades humanas (onde se controla e submete tudo a si),

- num lugar de filosofias humanas, filosofias estas que anunciavam falsas crenças e que não o levaria para a verdadeira fonte de cura, que poderia curar sua lepra.

Entretanto algo sobrenatural acontece para este general do exército assírio.

 Toda a beleza aparente dos rios da Assíria não eram capazes de prover aquilo que Naamã precisava, mas através das águas sujas do Jordão, Deus queria operar o milagre curando a lepra de Naamã.

Na verdade o que precisaria mudar em Naamã era seu processo de compreensão, não eram as águas,

O tratamento divino para a cura da Lepra era tratá-lo nas águas sujas, para que ele entendesse o que de fato era ser limpo. Isto foi o que aconteceu.

 Esta cura mostra que o orgulho tem um poder incrível de nos tirar a consciência das coisas e de não ver os caminhos. Enganamo-nos a nós mesmos, só vemos a sujeira que está nos outros, nas coisas, nos lugares, menos em nós! Esta cura nos indica que muitas vezes devemos trocar a purpurina pelas cinzas, os palcos pelo chão, a veste chique pelo pano de saco, o orgulho pela humilhação. Neste momento Deus age...

Concluindo:

Poderíamos responder a pergunta com o argumento que os rios de Damasco, Abana e Farpar, não poderiam curá-lo da lepra, mas sim somente o Jordão, pois neste rio de águas barrentas, sujas e quentes, estava a força e o poder de Iahweh para curá-lo da lepra através da ação do profeta Eliseu.   

Desafio para nós:

Estamos sendo encaminhados para o “Rio Jordão”, para ali sermos tratados. A Igreja, a comunidade de cristãos a qual pertencemos não se parece com os rios de Damasco Abana e Farpar, assemelha-se ao Rio Jordão. Mergulhando nas águas barrentas, sujas e quentes do Rio Jordão teremos a cura das nossas lepras que tanto nos atrapalham na convivência com as pessoas e nossa aproximação a Deus.