O bálsamo aparece diversas vezes na Bíblia, mas também no Talmud e outros escritos gregos e romanos. Trata-se da planda da qual era produzido o perfume mais famoso do Oriente Próximo antigo, conhecido também pelas suas características terapêuticas.

As plantaçãos de bálsamo na área do Mar Morto era controlada diretamente pela casa real e os métodos de cultivação e produção eram segredo e considerados um instrumento político influente. De fato, o elemento de discórdia entre Cleópatra e Herodes foram exatamente algumas plantações de bálsamo em Jericó. E também, durante a revolta de Bar Kokhba, no segundo século depois de Cristo, os combatentes judeus arrancaram as plantas para que os romanos não se possessam delas.

A produção de bálsamo começou a diminuir quando apareceram os produtos vindos do extremo oriente. Depois da conquista da Terra Santa por parte dos muçulmanos, no sétimo século, criaram-se relações comerciais com a Ásia e o mercado local foi invadido por perfumes muito mais baratos.

A maior parte dos cientistas identificam o bálsamo com uma espécie africana, commiphora gileadensis. A identificação se baseia numa semelhança fonética entre o nome da planta no Iêmen, kafat, e o seu nome no Talmud.

Uma das primeiras tentativas de adaptar novamente a plantação de bálsamo em Israel aconteceu na década de 70, pelo professor Yehuda Feliks, que conseguiu algumas plantas na Árabia Saudida, através de um mediador áraba. As plantas, todavia, não pegaram. Seguiram-se outras tentativas com sementes da Etiopia e da Árabia Saudita, na década de noventa.

Em 2003 o Dr. Michael Avishai conseguiu algumas sementes na Inglaterra e, plantadas em Ein Gedi, germinaram e agora, já arbustos, alimentam a esperança de produzir novamente o legendário perfume.