Depois do desmoronamento da rampa que permitia o ingresso, da parte dos muçulmanos, nas mesquitas colocadas na esplanada do templo, em Jerusalém, em 2004, iniciou-se um debate por causa do projeto de reconstruçao.

Aproveitando-se da ocasião, o rabi do Muro das Lamentações, com o apoio do Primeiro Ministro Ehud Olmert, pretendia construir embaixo da rampa um local para a oração dos judeus, aumentando o espaço reservado às mulheres. De fato, diante do Muro, há um espaço reservado aos homens e outro às mulheres, bem menor em relação ao primeiro.
O plano do rabi provocou a reação dos responsáveis muçulmanos pela administração da explanada e também de todo mundo árabe, sobretudo Jordânia e Turquia.

No mês de dezembro, invés, foi tomada a decisão por parte das autoridades da prefeitura de Jerusalém, de rever o projeto. O mesmo grupo exigiu que fossem conservados todos os restos das diferentes épocas históricas, inclusive do período árabe, mais recentes, contrariamente à decisão tomada em 2007, que determinava que os arqueólogos podiam ignorar as descobertas de materiais menos recente, aquelas posteriores a 1700.

A decisão da prefeitura de Jerusalém foi bem acolhida pelos muçulmanos. O advogado Daniel Seidemann, seu representante, disse que a decisão evita, com certeza, uma luta entre religiões.

Paralelamente, a UNESCO pediu, num recente comunicado, que Israel diminuisse os trabalhos arqueológicos na área onde existe disputa, propondo que os trabalhos sejam limitados unicamente à recuperação e conservação do local, sem criar novos espaços.