O nosso leitor cita Marcos 16.15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura.”

Você não é o primeiro que levanta essa questão, que foi sempre rebatida como uma perspectiva errada e estranha à visão divina da revelação. A Bíblia é testemunha de Deus que se revela; é como um pedagogo, que nos faz descobrir quem é Deus, que se revela plenamente em Cristo. Jerônimo, que traduziu a Bíblia par ao latim (Vulgata) dizia que a ignorância do Antigo Testamento é ignorância de Cristo. De fato, graças àquilo que é ensinado ao povo hebreu é possível reconhecer Cristo como o enviado por Deus. Ler o Antigo Testamento nos ajuda a compreender plenamente quem é Jesus, entender em plenitude a Boa Nova (Evangelho) que ele anuncia, que somos convidados a propagar com palavras e obras.

Un cristão não pode prescindir de toda a Escritura, não pode ignorar nenhum livro. Todos são revelação de Deus e, como tais, são um instrumento para entender a realidade divina.

 

O Evangelho

Quando Jesus diz para anunciar o Evangelho não está entendendo os livros em si, mas a sua palavra, que está em íntima conexão, por exemplo, com a mensagem dos profetas, com as orações do Povo de Deus do Antigo Testamento. Os livros, os 4 evangelhos, materialmente falando, foram escritos ao menos 50 anos depois da morte de Cristo. Portanto é evidente que a recomendação de Cristo não se refere à Bíblia como livro, mas à mensagem divina.

Não caia nunca na tentação de querer deixar de lado alguns livros da Bíblia. Ao invés, tente ver neles a Palavra de Deus, da qual cada um de nós precisa se aproximar, deixar que fale, sem querer se impor, como senhor da verdade, que é unicamente Cristo, revelado através de todos os livros da Bíblia.