Essa é uma pergunta fácil de responder, pois basta relembrar uma passagem evangélica para tirar da própria boca de Cristo esse ensinamento. De fato, também seus contemporâneos fizeram a ele uma pergunta muito parecida (leia Lucas 20, a partir do versículo 27). Trata-se do caso dos saduceus, que põe a Jesus um fato e tentam saber como vai ser a continuação no céu de tal situação. Um homem que teve 7 esposas, com quem vai ficar?

A resposta de Jesus se divide em duas partes.

  1. Na primeira (versículos 34-36), em síntese, diz: vocês não entendem nada sobre a ressurreição. De fato, os saduceis queriam imaginar a vida depois da morte como a vida terrena, invés Cristo explica que será totalmente diferente da condição atual: não há casamento no céu, mas todos serão como anjos!
  2. Na segunda parte da sua resposta, Jesus afirma que a fé na ressurreição é um ponto firme da religião cristã: Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos!

Tente aplicar isso à pergunta que você fez. A resposta é que não devemos transpor o nosso mundo à vida eterna: não será igual! Não sabemos como será e não adianta especular. É um salto de fé. A criança, quando pula nos braços do pai, não sabe como vai cair; sabe apenas que o pai o espera e o pegará.

 

Céu e paraíso

O paraíso, como ensina Gênesis, é o mundo sem pecado, sem divisão, governado por Deus, que segue a Sua vontade. Céu é o reino de Deus. No fundo são a mesma coisa. Dizer que alguém foi para o céu ou que foi para o paraíso é a mesma coisa. Significa estar junto de Deus, face a face, na sua morada. Nós, quando morrermos, se julgados dignos, iremos para o céu, para o paraíso, junto de Deus. E será uma vida nova, diferente da atual, com outras lógicas que não conhecemos.