É claro que muitos luteranos, para evitar os excessos às vezes presente entre alguns grupos religiosos, radicalizam a aversão ao culto de Maria, a estima para com ela. Todavia essa aversão não é exatamente histórica e não está intimamente ligada a Lutero. Lutero não desprezava Maria, embora fosse muito crítico em relação ao culto excessivo em relação a ela.

Sem fazer uma busca detalhada, historicamente falando, basta citar um dos escritos do Reformista para deduzir o que ele pensava sobre a Mãe de Deus. Esse dois textos são tirados do seu "Comentário ao Magnificat":

Maria é mãe de Deus. Não é possível imaginar nenhum título mais alto; e todas as coisas não seriam nada em comparação.

A melhor maneira de honrar a amável mãe de Deus e ser seus servos fiéis não é de transformá-la em um ídolo, mas de repetir que só o Senhor fez coisas grandes em um ser assim pequeno, pobre e desprezado como ela, e acreditar com profunda confiança que Deus onipotente se inclinará sobre nós com a mesma bondade, apesar da nossa miséria e falta de dignidade.