Uma coisa clara na nossa vida, mostrada também nas páginas da Bíblia, é que estamos sujeitos às caídas, ao pecado, à falta de compreensão da vontade de Deus. Ninguém escapa disso; é algo que nos acumuna. Como lidamos com essas quedas é diferente para cada pessoa. Cristo nos ensina (veja, por exemplo, a parábola do Bom Samaritano) que o primeiro passo - aquele fundamental - é o reconhecimento da misericordia divina, que o Pai nos acolhe de braços abertos, desde que reconheçamos a nossa culta e exprimamos a vontade de conversão, de mudança.

Acredito que o Pastor, Padre ou outro líder da comunidade está sujeito como todos nós, simples cristãos, ao pecado. Todavia a sua responsabilidade é muito maior, como deveria ser maior a consciência de que Deus perdoa. Portanto também ele tem que se converter, mudar de vida, em caso de pecado.

Fazendo parte de uma comunidade, é óbvio que ela é responsável pelo seu líder, seja no bem que no mal. Se há alguma situação que fere a "saúde" da comunidade, precisa encontrar um remédio. Cada situação precisa ser estudada de forma singular e não basta simplesmente estabelecer um método de correção.

Poderíamos lembrar a dinâmica sugerido por Jesus no Evangelho em relação à correção fraterna:

Se o teu irmão pecar, vai corrigi-lo a sós. Se ele te ouvir, ganhaste o teu irmão. Se não te ouvir, porém, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda questão seja decidida pela palavra de duas ou três testemunhas. Caso não lhes der ouvido, dizei-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja der ouvido, trata-o como o gentio ou o publicano (Mateus 18,15-18).