Há duas respostas possíveis, uma do ponto de vista espiritual e outra histórico, dependendo da sua perspectiva.

Do ponto de vista espiritual é importante sublinhar o conceito de Reino de Deus (Mateus e Lucas), ou Reino dos Céus (principalmente Marcos) que é presente de forma importante nos escritos do Novo Testamento:

O tempo se completou e o reino de Deus está próximo; convertei-vos crede no evangelho (Marcos 1,15);
Convertei-vos, pois o reino dos céus está próximo (Mateus 3,2; 4,17)

Sob essa ótica, Deus/Jesus é o rei.

Falando historicamente, o contexto bíblico foi sempre caracterizado pela presença do rei (também do faraó ou do imperador), começando por Saul, o primeiro rei de Israel, seguido por Davi e Salomão, os 3 reis que conseguiram governar a terra prometida em conjunto. Depois de Salomão, o seu reino foi dividido entre Reino do Sul (Judá), com capital em Jerusalém, e Reino do Norte (Israel), cuja capital era Samaria. Cada um desses reinos teve vários reis: Samaria até 722, quando foi tomada pela Assiria. Jerusalém, invés, resistiu até 587, quando a cidade foi destruída por Nabucodonossor e a população levada para a Babilônia.

Nasce então o Período Persa (veja Esdras e Neemias) e, em seguida, o período helenista (a partir de 333 antes de Cristo), com os selêucidas, que serve de contexto para Daniel e os livros dos Macabeus.

Em 63 antes de Cristo, Pompeu conquista Jerusalém e, desde então, é Roma a dominar a Terra Santa, com representantes locais do Imperador. Quando Jesus nasce, Augusto era imperador e Herodes rei na Terra Santa (amigo de Roma). Por volta do ano 4, Herodes morre em Jericó e a Terra Santa é dividida entre os seus filhos. Em 26 depois de Cristo, por causa de crises na região, Roma nomeia Pôncio Pilatos como procurador ou prefeito. E era ele o responsável na região quando Jesus foi morto na Cruz, que respondia ao Imperador Tibério (imperador de roma de 14 a 37 depois de Cristo).