Trata-se de Pedro. A questão, todavia, não é totalmente ingênua, pois, hoje, a ligação entre o nome próprio "Pedro" e o substantivo "pedra" não é automática como podia ser no momento da conversa entre Jesus e o apóstolo. À origem do nome pedro está o substantivo "pedra". Como sabemos através de João 1,42, o nome do apóstolo, era Simão. Foi Jesus que lhe deu um outro nome, como acontece com vários personagens na Bíblia que, graças a uma missão, mudam de nome (veja Abraão, Paulo). Jesus o chamou de "Cefas", que é a mesma palavra, em aramaico - língua que eles falavam - usada para "pedra". Portanto, Pedro é a mesma coisa que Pedra. Nós hoje, quando ouvimos "Pedro" pensamos imediatamente num nome próprio e a ligação com "pedra" não é mais automática.

Como os evangelhos foram escritos em Grego, invés de "cefas" se usou a palavra grega para "pedra", ou seja, se usou "Petros". É daí que deriva o nosso nome próprio "Pedro".

Teologicamente esse nome é muito importante, mesmo sem considerar a questão da ligação de Pedro com o papa. É evidente, nos evangelhos, que Pedro é protagonista entre os apóstolos. A missão que Jesus lhe confia exige muita solidez, como a imagem da casa construída sobre a rocha, que nenhum vento consegue destruir. Pedro, ou quem quer que seja que assume um protagonismo na igreja, precisa ser sólido, capaz de enfrentar as dificuldades sem vacilar.