Olá Luzia Ermelinda Dias Figueiredo de Igarapé / MG ! A figura de Natanael encontramos no primeiro capítulo do evangelho de João, onde aparece o testemunho dos primeiros seguidores de Jesus em Jo 1,40-46:

1, 40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram João falar, e que seguiram a Jesus. 41 Ele achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Havemos achado o Messias (que, traduzido, quer dizer Cristo). 42 E o levou a Jesus. Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João, tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro). 43 No dia seguinte Jesus resolveu partir para a Galiléia, e achando a Felipe disse-lhe: Segue-me. 44 Ora, Felipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. 45 Felipe achou a Natanael, e disse-lhe: Acabamos de achar aquele de quem escreveram Moisés na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José. 46 Perguntou-lhe Natanael: Pode haver coisa bem vinda de Nazaré? Disse-lhe Felipe: Vem e vê. (João 1,40-46) Bíblia Almeida.

Neste primeiro capítulo o evangelista João mostra que Jesus começa a ser conhecido através de pessoas que o testemunham. Assim aconteceu com André, seu irmão Pedro. No versículo 43 a narrativa é deslocada para a Galiléia onde Jesus convida para seu grupo Felipe e este testemunha a Natanael ter encontrado Jesus. Aquele mesmo que Moisés escreveu na lei e os profeta: este é Jesus de Nazaré, o filho de José.

Entretanto Natanael fiel a pratica da Lei e carregado de preconceitos contra os habitantes de Nazaré que casavam com mulheres estrangeiras, gerando filhos excluídos do povo Judaico, responde para Felipe igual aos poderosos da Judéia, embora ele vivesse com os marginalizados da Galiléia com a frase discriminatória: “De Nazaré pode sair coisa boa?

A maneira de pensar de Natanael é semelhante a do Sinédrio de Jerusalém, Supremo Tribunal Judaico, o mesmo que condenou a Jesus a morte.

Com esta resposta Natanael esta representando o grupo de pessoas, que para tornarem-se discípulos de Jesus terão que romper as formas discriminatórias os preconceitos que marginalizam as pessoas.

A narrativa continua, mas para responder a pergunta penso que já seja o suficiente deixando para uma próxima o comentário para o restante do episódio.