É provável que você se interrogue sobre a "viúva de Sarepta", que é uma personagem que faz parte da história de Elias (1Reis 17), recordada por Jesus em Lucas 4,25-26:

De fato, eu vos digo que havia em Israel muitas viúvas nos dias de Elias, quando pro três anos e seis meses o céu permaneceu fechado e uma grande fome devastou toda a região; Elias, no entanto, não foi envaido a nenhuma delas, esceto a uma viúva, em Sarepta, na região de Sidônia.

A viúva de Sarepta, uma cidade da Fenícia, fora de Israel, dá comida para Elias, o profeta do Senhor, mesmo não havendo quase nada. Essa generosidade para com o profeta faz com que o alimento não lhe falte, nem a ela e nem ao filho.

 

O estrangeiro na Bíblia

O estrangeiro na Bíblia tem um protagonismo muito grande. Usa-se a palavra hebraica "gher" ou "toshav" para designar o estrangeiro que vive em Israel. Essa categoria é protegida por lei pelo povo de Deus. Lemos, de fato, em Êxodo 22,20:

Não afligirás o estrangeiro nem o oprimido, pois vós mesmos fostes estrangeiros no país do Egito

Com a experiência feito pelos hebreus no exílio em Babilônia o estrangeiro ganha ulterior reconhecimento, como podemos ler a partir de Deuteronômio 10,18: 

Ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa.

O amor pelo estrangeiro, em síntese é quase a imitação de Deus, pois se Deus ama o pobre, o órfão, o estrangeiro, também nós devemos fazê-lo.

Esse princípio é coroado com a vida de Jesus e fica claro em Mateus 25,31-46, onde Cristo proclama que quem acolhe o estrangeiro acolhe Ele mesmo: "Ero forastiero e me acolhestes... cada vez que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes".