Uma resposta rápida poderia afirma que as cortinas absorviam este sangue e com o tempo exalavam cheiro, apesar de o sangue secar.

Andei lendo um farto material a respeito das cortinas que separavam o Santo dos Santos, do Santo,  porta da entrada e o coberto, descobrindo uma serie de materiais com que elas eram feitas.

 

O Tabernáculo (Fig. 01)

 

O sangue dos animais que eram sacrificados uma parte o Sacerdote aspergido o interior do Santo respingando as cortinas que segundo as descrições destas cerimônias as cortinas não podiam ser lavadas e eram trocadas apenas uma vez por ano no dia reservado a expiação “Yom Kippur” onde o sumo sacerdote entrava no Santo do Santo e derramava o sangue das vítimas sobre o propiciatório que fechava a arca da aliança. Neste dia as cortinas embebidas em sangue das vítimas eram trocadas.

 

Sabemos que o sangue das vitimas respingando nas cortinas, atraia certamente insetos e moscas de todos os tipos. E que depois de um tempo começavam exalar mau cheiro.

Os dois recintos sagrados do Tempo: O Santo e o Santo dos Santos onde estava a Arca da Aliança com as tábuas da Lei. (Fig. 02)

 

Existem duas atenuantes para diminuir o cheiro deste sangue, o calor e o clima seco de Jerusalém (no verão chega aos 45 graus centigrados e por estar na montanha e numa região desértica, o deserto de Judá), colaborava para secar este sangue respingado nas cortinas. Segundo os autores judaicos que descreviam o templo de Jerusalém, eles afirmavam na parte superior do templo, pontas de ferro eram utilizadas para afugentar os corvos, que devido ao cheiro dos animais, que eram esquartejados e lavados e as vísceras  que eram levadas para a Geena ao lado do templo, atraiam estas aves carnívoras.

Uma segunda atenuante para o cheiro exalado do sangue que embebia as cortinas era o altar do incenso, que exalava perfume especial  vindo de resina de árvores aromáticas da região.

 

 O Santo

Recinto do Santo: Continha a mesa dos pães, altar do incenso, candelabro e o véu de separação do santo dos santos. (Fig. 03)

Descrição do Santo:
Ali se encontrava a mesa de pães, o castiçal e o altar de incenso. O sacerdote entrava no santo com a bacia de sangue e respingava o sangue sete vezes no altar de incenso, perto da segunda cortina. Os pecados individuais do povo (que tinha oferecido animais pela culpa dos pecados) eram transferidos simbolicamente para o santo. Esta cerimônia acontecia duas vezes por dia durante o ano inteiro! O sangue salpicava as cortinas que dividia o primeiro do segundo compartimento e não podia ser lavada. O Sacerdote jamais entrava no segundo compartimento. Isso era feito apenas uma vez por ano pelo sumo sacerdote.

O Lugar Santo

Santo do Santo
No Santo dos Santos estava a Arca da Aliança. Dentro dela estavam os 10 mandamentos  recebidos no Monte Sinai, a vara de Arão e o vaso com o maná (Fig. 04)

O Sumo Sacerdote só entrava no santo dos santos uma vez por ano no dia da expiação, diante da arca da aliança e esparramava o sangue do cordeiro por cima da tampa da arca (o propiciatório). Nesse dia os pecados do ano inteiro eram expiados (Yom Kippur judaico) e a cortina encharcada de sangue que dividia os compartimentos era retirada e colocada uma nova. Neste dia a nação ficava livre de seus pecados. A Bíblia diz que quando Jesus morreu na cruz, os símbolos do santuário terrestre se cumpriram. Então para Deus demonstrar que o serviço do Santuário terrestre deveria cessar, rasgou a cortina que dividia o lugar santo do santíssimo (Conforme Mateus 27,50-51):

“Jesus, porém, tornando a dar um grande grito, entregou seu espírito. 51 Nisso, o véu do Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam”. (Mateus 27,50-51) Bíblia de Jerusalém.

 Ou no evangelho de Marcos 15,37 – 38 com as mesmas palavras:

"Jesus, então, dando um grande brado, expirou. E o véu do Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo." (Marcos 15,37 - 38) Bíblia de Jerusalém.