A ressurreição de Jesus para os cristãos é o princípio e o fundamento da fé, como lembra Paulo na sua carta aos Coríntios: Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a nossa fé. (1Coríntios 15,14).

A ressurreição foi um tema muito presente no ensinamento de Cristo, mas provavelmente, durante a convivência com os discípulos, não causou muito impacto entre os que o escutavam. Poderíamos dizer que os apóstolos, embora tivessem escutado claramente, não tinham entendido o sentido deste mistério. Isso é provado pelo fato que logo após a morte, os discípulos tiveram medo (João 20,19) e Tomé custou a acreditar que Jesus tivesse ressuscitado (João 20,24 seguintes). Quem sabe esperavam em uma libertação material, uma revolução. Cristo invés propõe sim uma revolução, mas ela não é só temporal, transcende o tempo e engloba todo o ser humano, elevando-o à glória do Pai.

O evento histórico da ressurreição dá então coragem aos primeiros cristãos. A partir de Pentecoste, não existe mais o medo que caracterizou os dias em seguida à crucificação, mas a coragem de anunciar a Boa Nova e, como conta Lucas em Atos dos Apóstolos, a mensagem de Cristo chega a Roma, com Pedro e Paulo, chega ao centro do mundo daquele tempo. Dessa forma, graças à força da ressurreição a igreja, a comunidade de Cristo, se difundiu e alcançou os 4 cantos da terra.