Olá, José. A respeito da sua pergunta podemos partir do que Jesus falou e da maneira como se posicionou em relação à fé e ao dinheiro.

Em relação à fé, ela foi o que levou Jesus a efetuar diversas curas, tais como: a cura do homem paralítico, ao ver a fé das pessoas que o levaram até Jesus (cf. Mc 2,5); a cura da mulher com hemorragia, quando disse a ela “Filha a tua fé te salvou vai em paz e fica livre do teu mal” (cf. Mc 5,34; Lc 8,48); quando cura a filha da mulher Cananéia, por causa do modo como ela demosntrou sua fé em Jesus: “Ó mulher grande é a tua fé! Faça-se como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã” (cf. Mt 15,28); Jesus também cura o cego em Jericó pela fé dele “Recupera a tua vista: a tua fé te salvou” (cf. Lc18,42).

Jesus também adverte aos discípulos para a necessidade de uma fé verdadeira ao libertar uma pessoa de um demônio, que eles não tinham conseguido expulsar: “Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: “Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível” (cf. Mt 17,20). E posteriormente os próprios discípulos de Jesus ao verem a importância da fé lhes pedem: “Senhor aumenta-nos a fé” (cf. Lc 17,5).

Já no que se refere ao dinheiro Jesus diz que ele não deve ser objeto de usura e nem levar as pessoas a se apegarem demais às coisas materiais, vejamos algumas passagens: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que possui” (cf. Lc 12,15); e como conclusão na sua conversa com o jovem rico que não quis se desapegar dos seus bens materiais: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas”. Ainda em relação ao destino que você der ao dinheiro que tem, poderá ser considerada uma pessoa bendita no reino: “Porque tive fome, e me deste de comer; tive sede e me deste de beber; era forasteiro, e me hospedaste; estava nu, e me vestiste; enfermo, e me visitastes; preso, e foste ver-me” (cf. Mt 2535).

Zaqueu, ao encontrar com Jesus e fazer a experiência de Deus renovando sua vida, entende que os bens que ele tinha acumulado foi devido ao empobrecimento de muitos e que a ostentação destes bens agrediam as pessoas da comunidade onde vivia, e decide: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e se nalguma cousa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”(cf. Lc 19,8).

Deus quer que todas as pessoas tenham condições dignas de vida, e que o dinheiro que possuímos não nos leve a fechar a mão e o coração a quem mais precisa. Mas, é apenas pela fé que podemos entender isso e viver como Jesus nos pede no amor a Deus e a todos os irmãos e irmãs (cf. Mc 12,30-31). Não podemos esquecer também o que o profeta Miquéias nos lembra de como devemos nos apresentar diante de Deus: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia e andes humildemente com teu Deus” (cf. Mq 6,8). Uma pessoa para ser justa precisa ter como parâmetro a Lei de Deus em sua vida.

 

 Espero ter ajudado um pouco e peço que Deus dê a todos nós a fé que precisamos para saber segui-lo incondicionalmente.