Por volta do ano 350 d.C aproximadamente, a Igreja aumentou o período de preparação para a sua maior festa, a Páscoa, aumentando-o de três dias de oração, meditação e jejum, para quarenta dias (40). Este tempo é propício para que se alcance a metanóia cristã e ao chegarmos dentro da celebração da ressurreição de Jesus, ser-mos novas criaturas, nos separando do fosso do senso comum subindo a escada de Jacó rumo à santidade.

 Devemos entender que o mais importante não são os jejuns e as orações e sim, o motivo que nos conduz a fazer tais coisas, para que não se tornem demonstrações teatrais para os outros, tentando passar uma imagem de falso pietismo como sepulcros caiados.

 A procura do renascer em Jesus é ápice deste período. O ser cristão necessariamente é ter que apresentar um comportamento diferenciado em ações diárias como: perdoar mais, jejuar mais, ofender menos, não enganar nem tampouco trapacear, se dedicar mais a Igreja e a palavra de Jesus, dando-se como exemplo vivo a seus pares, para que estes vejam na prática que ser cristão é 10 e, é possível a todo aquele que se abandonem, libertando-se da escravidão do EGO, permitindo Jesus tomar posse de sua vida.

Não podemos esquecer o exemplo de Nossa Senhora com o seu FIAT, tornando-se serva de Deus nem de outros vários santos homens e mulheres que buscaram uma imitação mais próxima da santidade e vivência real em Deus. Precisamos entender que apesar de sermos cristãos de direito, só o seremos na integra, com uma mudança de atitude radical em nossas vidas sem deixar é claro, que o sectarismo, nos conduza a posições fundamentalistas, ésteres de vivência cristã verdadeira e descambe no legalismo farisaico.

A filiação divina oferecida a nós por Jesus deve ser reavivada nesta época para que nos lembremos o significado do sacrifício realizado por ele para o perdão dos nossos pecados. A busca pela santidade diária deve ser a meta do cristão e aquilo que lhe dá força para poder ter o carimbo de discípulo de Jesus.

Busquemos, pois dentro deste kairós, através das oferendas da Santa Igreja em seu viés litúrgico, escutar a voz que clama por nós na tentativa de transformar-nos em filhos da luz por intermédio da oração diária afim de que sejamos merecedores da graça oferecida a nós gratuitamente por Deus.