É uma bijuteria que explora o fascínio bíblico para atrair a curiosidade e a atenção das pessoas, muitas vezes com objetivos não tanto dignos, como pode ser aquele do comércio. Não tem nenhum fundamento bíblico.

As amostras visíveis na internet se caracterizam pela presenta da estrela de 6 pontas, símbolo típico do estado de Israel, dita "estrela de Davi" (Magen David).

O seu uso pelos judeus cresce a partir da Idade Média. Até então era simplesmente um elemento decorativo, presente também em várias igrejas. Começou a ser usado principalmente entre os místicos judeus e foram principalmente os cabalistas que popularizaram o seu uso, fazendo dele um símbolo de proteção contra os espíritos maus, coisa que já existia na tradição pagã.

A partir do Século XVII, a estrela de seis pontas se tornou o símbolo oficial de muitas comunidades judaicas e um sinal geral do judaísmo, embora não tenha autoridade bíblica ou talmúdica. A estrela foi quase universalmente adotado pelos judeus no século 19 como um emblema do judaísmo, e, durante o holocausto, ganhou também um sentido ligado ao martírio.

 

O anel e os reis

Como dito acima, não existe nenhuma relação bíblica entre a estrela de seis pontas e o terceiro rei de Israel e nem com o seu anel. Trata-se, repetindo, somente de uma exploração dos sentimentos do povo e da mística típica do mundo religioso.

Podemos hipotizar um elemento histórico na difusão desse elemento, que é o uso do anel por parte dos reis. De fato, os reis o usavam como "selo" (timbre), ou como sigilo, que garante a autoridade, por exemplo, de um certo documento. 

O "carimbo" usado naquela época estava em um anel e esse anel, portanto, indicava poder:

Então Jezabel escreveu umas cartas em nome de Acab, selou-as com o selo do rei e as mandou aos anciãos e notáveis da cidade, concidadãos de Nabot (1Reis 21,8).

Concluindo, a Bíblia nada diz sobre o uso feito por Salomão do seu sigilo e muito menos que um eventual anel desse rei tivesse a estrela.