Sabemos bem que as missões de Paulo não foram tranquilas, mas que provocaram a ele grandes dificuldades, inclusive a prisão em duas ocasiões: a primeira em Filipos e a segunda na Cesareia que o levaria até Roma, onde viveu como prisioneiro até ser condenado à morte, tendo sido decapitado.

A prisão de Filipos, com Silas, foi narrada por Atos dos Apóstolos 16, e se caracteriza pela libertação milagrosa, que coincidiu com a conversão de toda a família do carcereiro.

Em algumas cartas Paulo parece estar na prisão. Isso resulta evidente por causa de frases que diz;

  • Efésios 3,1: Eu, Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus
  • Efésios 6,20: Sou o embaixador em cadeias
  • Colossenses 4,10: Saúdam-vos Aristarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, primo de Barnabé.
  • Colossenses 4,18: Lembrai-vos das minhas prisões
  • Filêmon 1: Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus...
  • Filêmon 22: Prepara-me também um alojamento, porque, graças às vossas orações, espero que vos serei restituído
  • Filipenses 1,13: minhas prisões se tornaram conhecidas em Cristo por todo o Pretório e por toda parte

Esses textos levam a dizer que 4 cartas de Paulo foram escritas da prisão: Efésios, Colossenses, Filêmon e Filipenses. Existem discussões sobre de qual das prisões elas foram escritas. Parece que a estada na prisão de Filipos foi muito breve, provavelmente só uma noite. Nas outras duas, em Cesareia, esperando para embarcar para Roma, e naquela de Roma ele passou muito mais tempo. Portanto, é provável que foram escritas nesses momentos, nos últimos anos da sua vida.

As cartas escritas certamente não eram enviadas por correio, mas dada a alguém de confiança que, depois de muita caminhada ou navegação, chegava à comunidade cristã ou ao destinatário particular, como no caso de Filêmon. As prisões de Cesareia e de Roma parecem um pouco particular, quase um tipo de "prisão domiciliar". É provável que Paulo tivesse alguma liberdade, como se pode ler em Atos dos Apóstolos, embora todo o seu processo termina com a pena de morte, em Roma.

Não sabemos quem foi a pessoa que levou cada uma dessas cartas ao destinatário, mas é provável, repetindo, que tenha sido alguém de confiança do apóstolo, algum cristão membro da comunidade destinatária.