Para um cristão, a ressurreição deve ser uma certeza , um evento histórico que marcou a nossa história, e nunca pode ser vista como uma metáfora. Como já dito em outra resposta, a ressurreição não é uma teoria humana, mas uma realidade histórica.

E tudo isso já foi muito bem marcado por Paulo, na sua primeira carta aos habitantes de Corinto (capítulo 15). Havia alguns entre os membros daquela comunidade que diziam que não existia "ressurreição dos mortos" (veja versículo 12). A eles - e também a nós hoje - Paulo responde de maneira categórica e bastante clara (1Cor 15,13-20):

Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo também não ressuscitou; e se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia e também é vazia a fé que vocês têm. Se os mortos não ressuscitam, então somos testemunhas falsas de Deus, pois estamos testemunhando contra Deus, ao dizermos que Deus ressuscitou a Cristo. Pois, se os mortos não ressuscitam, Cristo também não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, a fé que vocês têm é ilusória e vocês ainda estão nos seus pecados. E desse modo, aqueles que morreram em Cristo estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo é somente para esta vida, nós somos os mais infelizes de todos os homens. Deus será tudo em todos -* Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos como primeiro fruto dos que morreram.

A ressurreição é o que distingue o cristianismo. Se não tivéssemos essa certeza, a nossa religião seria um humanismo, uma filosofia que ensina como viver bem essa realidade limitada que é a nossa passagem pela terra. Ao invés, nós acreditamos que a nossa vida não é limitada a esta passagem aqui na terra, mas nos espera um ideal maior, uma vida eterna junto a Deus, que é um Mistério. Como mistério, não podemos saber exatamente o que significa. Mas é a fé que faz acreditar nela. Não é uma ingenuidade, mas a convicção que somos de Deus e a Ele somos destinados, assim como uma criança salta, sem medo, nos braços dos pais.