A reencarnação não condiz com a certeza cristã da ressurreição. Morremos uma só vez (veja Hebreus 9,27) e somos julgados por Cristo, que morreu e nos redimiu de nossos pecados. A redenção é um dom de Deus e não um processo que precisamos conquistar com inúmeros novos nascimentos. As nossas ações definem se abraçamos ou não o dom da redenção, já oferecido, como proposta, uma vez por todas a nós por Deus, através de Jesus.

A vinda de Cristo ao mundo, a encarnação de Deus, não é reencarnação, mas um gesto de humildade divina, que abraça a humanidade para nos mostrar que é possível chegar à redenção. Não se fala de várias encarnações de Deus, mas de uma única encarnarção, um evento único e histórico.

A reencarnação concentra sua tese na poder da ação humana: dependendo de como me comporto conquisto um estágio mais elevado ou baixo de categoria. Ontologicamente somos definidos por Deus e a nossa salvação já está garantinda, através da redenção da humanidade oferecida por Cristo. Se abraçarmos a sua proposta iremos para o céu, caso contrário seremos condenados. A redenção é um presente de Deus e não uma conquista nossa. A nossa liberdade consiste em aceitá-la ou não.