É o primeiro dos profetas maiores, abrindo, na Bíblia, o elenco dos livros proféticos. Isaías nasceu por volta do ano 765 antes de Cristo, recebendo 25 anos mais tarde, em 740, o chamado no templo de Jerusalém. Sua missão, conforme descrito em 6,1-13, foi aquela de anunciar a ruína de Israel e de Judá, os dois reinos do Povo de Deus, por causa das infedelidades que os hebreus cometeram.

O contexto de suas profecias se inserem na constante ameaça sofrida pelos dois reinos dos hebreus por parte do Reino Assírio.

Isaías trata de vários temas, entre os quais poderíamos destacar:

  • nos primeiros anos, preocupava-se com a corrupção moral que a prosperidade tinha provocado em Judá (capítulos 1 - 5)
  • oposição a alianças internacionais entre os governantes, que demonstravam demasiada confiança no poder humano em detrimento do intervento divino (veja capítulos 7 - 11; 17; 28)
  • Acaz, de Judá, faz um acordo com Teglat Falasar e provoca a ruína do Reino do Norte e este cai em 721 sob o poder da Assíria. Em Judá, Ezequias, que toma o lugar de Acaz, busca apoio do Egito e também aqui Isaías o condena (veja os capítulos 14; 18; 20; 28 - 30).
  • Ezequias se revolta contra a Assíria e Senaquerib vem contra a Palestina em 701. Isaías promete a Exequias a ajuda divina e Jerusalém se salva (veja 1,4-9; 10,5-15.27-32; 14,24-27 e os capítulos 28-32).

Além dessas considerações, nada mais sabemos da vida do profeta depois do ano 700. Uma tradição judaica diz que foi martirizado durante o governo de Manassés.