Ha cerca de três meses, Abuna Paulos, patriarca da Igreja Ortodoxa da Etiópia, anunciou que tinha chegado o momento de se revelar a solução para um mistério muito intrigante: o local onde é guardado há milhares de anos a Arca da Aliança. Esse local é uma igreja que está em Axum, na Etiópia.

Antes de sua visita a Roma e à audição com Papa Bento XVI, o patriarca decidiu anunciar publicamente a notícia. Paulos, no entanto, provavelmente por causa de pressão (!), Mudou de idéia.

A Igreja etíope acredita que os reis da Etiópia pertencem à dinastia salomônica, isto é, são descendentes do Rei Salomão e da Rainha de Sabá. Da relação entre os dois teria nascido Menelik, que mais tarde voltou a Jerusalém, como um príncipe para visitar o pai e, nessa circunstância, habilmente conseguiu emprestada a arca e as duas tábuas da Lei. A tradição etíope diz que a arca está, desde então, em Axum.

A Bíblia diz que quando o primeiro templo foi destruído, os soldados de Nabucodonosor destruíram também a arca, talvez fundindo e reutilizando o ouro com o qual era feita.

No segundo livro de Macabeus se afirma que após a destruição do Primeiro Templo, Deus disse ao profeta Jeremias para enterrar a Arca numa caverna gruta secreta no Monte Nebo.

Em outra história se diz que a arca foi tirada de Jerusalém, antes da sua destruição, e levada à comunidade judaica na ilha Elefantina em Aswan. Outros supõem que, prevendo a destruição, os sacerdotes do templo teriam enterrado a Arca na mesma área do templo, onde hoje existe uma mesquita.

Existe também quem diz que foram os cruzados que tiraram a Arca da Terra Santa, quando foram expulsos e tiveram que retornar à Europa.

Na tribo dos Lembas, cujos membros se acreditam ser descendente de judeus, fala-se de um tesouro sagrado chamado Ngoma Lungundu (a voz de Deus), que teria chegado no Zimbabué com os seus ancestrais provenientes do Iémen. De acordo com a sua tradição a Arca se destruiu sozinha quando o Império caiu, tendo sido feito uma cópia de madeira. Esta cópia teria sido descoberta em 1940 e agora é em exposição no museu de Harare.


Abuna Paulos conta que soube da existência da Arca quando estudava na Universidade em Israel.
Vários anos após o curso na universidade, foi para Axum para visitar a igreja de Nossa Senhora de Sião, onde alguns edifícios estão abertos somente para homens, e existe uma Capela onde apenas os sacerdotes são permitidos. Neste local está a arca. Um monge está de guarda sempre. Ninguém pode ver a arca, exceto ele.