Assim diz a passagem, conforme a tradução da Bíblia de Jerusalém:

O teu fausto foi precipitado no Xeol, juntamente com a música das tuas harpas. Sob o teu corpo os vermes formam como um colchão, os bichos te cobrem como um cobertor.

Lido assim isoladamente, coisa que nunca devemos fazer, o versículo parece estranho e difícil de ententer. Mas se você começa lendo a partir do início do capítulo, especialmente a partir de Isaías 14,3, fica claro que o profeta está contando "como terminou o opressor, como terminou a arrogância" (versículo 4).

Isaías está profetizando o fim do exílio dos hebreus em Babilônia e diz qual será o fim do rei que a representa, provavelmente Nabucodonosor (pode ser também Nabônides).

Iahweh tem pena do seu povo, mostra compaixão para com Israel e o trará novamente para o seu território (Isaías 14,1). Para que isso aconteça, é contado o triste fim do rei que representa o povo opressor da Babilônia.

A lição que tiramos para nós é que o Senhor não abandona nunca o seu povo, que continua fiel à sua Aliança, mesmo diante de situações trágicas como aquela do exílio na Babilônia.