Havia alguns grupos religiosos no tempo de Jesus, que conhecemos a partir da leitura da Bíblia: fariseus, saduceus, samaritanos, escribas... Eram todos judeus e se reuniam todos no mesmo templo. A diferença era a interpretação da Lei. Por exemplo, conforme se lê em Mateus 22,23, os saduceus diziam que não exisitia a ressurreição.

Lucas, em Atos 23,8 é mais detalhado:

os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espíritio, enquanto os fariseus sustentam uma e outra coisa.

Fariseus: era religiosos populares; tiraram a religião do templo e a trouxeram para o povo. Não eram sacerdotes, mas observavam escrupulosamente a Lei de Deus, atualizando-a em continuação. Entendevano a prática dos preceitos como "uma cerca entorno à Lei", pois seguir as normas religiosas significava evitar o perigo de desobedecer os mandamentos fundamentais dados por Deus.

Saduceus: eram menos numerosos dos fariseus, mas mais influentes, pois nele militavam as pessoas importantes; muitos pertenciam às famílias sacerdotais. Foram sempre apoiadores do sistema, também dos romanos. Eram tradicionais e não viam a necessidade de atualizar a palavra de Deus.

Poderíamos incluir aqui também os escribas, mas eles não eram nem uma seita, nem um partito político. Eram "profissionais", espertos na Lei do Antigo Testamento. Eram os mestres, os rabinos. Interpretavam a Lei e a aplicavam à vida diária.