É um modo complicado de perguntar quem mudou o sábado, observado como dia de repouso pelos judeus, para o domingo. Você insinua ter sido Constantito, que reconheceu a religião cristã como oficial no Império Romano, no IV século. A mãe de Constantino era Helena, uma cristã fervorosa.

Nós não sabemos se a conversão do imperador foi verdadeira ou simplesmente uma conveniência política. Todavia, sabemos que não foi ele que transformou o sábado dos judeus em domingo dos cristãos. De fato, são duas coisas distintas. O Sábado continua até hoje sendo observado pelos judeus e o domingo é algo típico dos cristãos, dia especial que recorda a ressurreição de Cristo, dia em que a comunidade, já no tempo dos apóstolos, se reunia para recordar o evento. No início, quando a maioria dos cristãos era judeu, ainda se seguia os costumes da religião judaica, mas aos poucos, com o crescer da identidade própria dos cristãos, o domingo passou a ser o dia de festa para os cristãos e a observância do sábado foi abandonada.

Os princípios contidos na observância do Sábado são válidos também para os cristãos, mas nada impede que eles sejam vividos em concomitância com a observância do domingo, dia do Senhor, dia da sua ressurreição. Sobre esse último aspecto, convido vivamente a ler o artigo de Ombretta. Ela termina o artigo dizendo: para os cristãos o sentido do Sábado passou para o domingo, que o observam com o mesmo espírito.