Olá Bruno da Silva Ferreira do Rio de Janeiro / RJ!

Já temos conhecimento que os Salmos foram organizados em coleções ao longo da história de Israel.

O livro dos Salmos é formado de 150 Salmos chamados de saltério. Nestes 150 Salmos podemos agrupá-los em Salmos, propriamente ditos, em hinos, em Salmos de subida ou também chamados de degraus e outros. No grupo destas coleções encontramos os Salmos de degraus formados pelos Salmos 120-129 e os Salmos 130-134. Eles estão dentro de um contexto de peregrinação que o povo judeu fazia nas ocasiões de festa aos lugares de oração como o templo de Jerusalém. Nestes Salmos são destacados também o que os peregrinos faziam no decorrer do caminho. Os Salmos da subida são degraus do caminho espiritual, para levar a um encontro com Deus.

 

Comentando mais sobre os Salmos de degraus.

Os Salmos de degraus foram usados no pós- exílio tardio, em peregrinações para as festas anuais de preceito em Jerusalém. Muitas gerações de peregrinos devotos e pessoas simples do povo entoavam estes Salmos ao longo do caminho. Embora não podemos fixar uma data para o início do uso destes Salmos de degraus sabemos que várias gerações fizeram parte da formulação deste grupo de Salmos de degraus. Sendo colocada como possível data pelos anos 300 a.C.

As caminhadas de peregrinação eram longas, vários dias até o Templo de Jerusalém e eram os cânticos que encorajavam e animavam o povo a continuar caminhar no escaldante clima desértico. Vinham estes peregrinos e peregrinas de vários locais possivelmente do Norte da Palestina, da diáspora do interior da Síria, pois é lá que se situam Mesec e Quedar lembrado em Salmo 120,5.

A formulação dos Salmos continha um vocabulário simples e breve, podendo ler lembrado com facilidade, era o povo simples a caminho que cantava. A única

exceção é o Salmo 132 que trata da história antiga de Israel, parecendo mais trabalhado.

Subir a Jerusalém para os peregrinos não é caracterizado por oferecer sacrifícios e holocaustos, mas, a busca por um lugar que projeta a saída das escravidões da compra e venda de pessoas (Isaías 24-27; 24,1-2).