Não sabemos o seu nome nem outros detalhes de sua vida. Tudo o que nos chegou foi transmitido no contexto da vida do Patriarca Abraão e do seu sobinho Ló.

Ló, filho de Arã, acompanhou o tio Abraão, quando este saiu de Ur dos caldeus (Gênesis 11:26-31; 12:5; 13:5). Os rebanhos dos dois aumentaram tanto que decidiram se separar. Abraão deixou Ló escolher a melhor terra. Mais tarde, em Gênesis 14:16, sabemos que Ló mora em Sodoma e que tinha uma esposa. Não sabemos nada sobre ela. Apenas sabemos que mais tarde Deus resolveu destruir Sodoma e as cidades vizinhas, pois não achou quase nenhuma pessoa justa nelas (leia o relato em Gênesis 19). Naquele dia, Ló perdeu praticamente tudo. Os noivos de suas filhas não acreditaram nos anjos de Deus, e ficaram na cidade condenada (19:14). A mulher de Ló, em desobediência aos mensageiros de Deus, olhou para trás e se tornou numa estátua de sal (19:17,26). Logo em seguida, as duas filhas de Ló deram vinho para o pai e cometeram incesto com ele (19:30-38).

A história de Ló, junto com aquela de Noé, é lembrada por Jesus (Lucas 17,20-37) como exemplo para nos recordar que o julgamento de Deus vem sem aviso.

Portanto, não sabemos nada da mulher de Ló. Além do ensinamento mencionado por Lucas, mostra que na vida é necessário seguir as indicações do Senhor, sem olhar para trás. Esse ensinamento também está presente na caminhada do povo pelo deserto, depois de sair do Egito conduzido por Moisés. Quantas vezes chorão as cebolas do Egito, isto é, quantas vezes se lamentam e quase preferem voltar a viver como viviam no Egito. Ensina também Jesus que quem coloca a mão no arado e olha para trás, não é digno de entrar no Reino de Deus (veja Lucas 9,62).