Olá João de Lisboa!

 

Importante pergunta esta, pois nos ajuda a entender efetivamente a Proposta de Jesus para a sociedade de seu Tempo. O material a respeito deste assunto e enorme, procuramos colocar o necessário para uma compreensão da situação vivida por Jesus no seu Tempo. Limitaremos-nos ao plano político da Palestina, embora seja necessária uma compreensão mais ampla, do social, econômico e religioso da Palestina do Tempo de Jesus.

 

A Palestina no Tempo de Jesus.

 

Na época de Jesus a Palestina era uma província Romano. No ano de 64 a.C. esta região foi conquista por Pompeu, general Romano, que aproveitando o enfraquecimento do Império Grego, inflige uma derrota a Medeidates Eupata, rei do Ponto (Ásia Menor) criando a Província da Síria e anexando-a ao Império Romano. Ainda no ano de 64 a. C. a cidade de Jerusalém é conquistada por Pompeu, e a Palestina se torna província Romana. A partir deste momento são os romanos que decidem quem iria governar está região, colocando como critério principal a fidelidade a Roma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O poder da Família de Herodes o Grande na Palestina.

 

Por concessão dos Romanos Herodes o grande, passa a governar a Palestina, demonstrando fidelidade irrestrita aos romanos. Praticamente está nas mãos de Herodes toda a Palestina do Sul ao Norte da Judéia a Galiléia. Herodes usa de estratégia política e o nome de varias cidades da Palestina recebe o nome de personalidades Romanas; Tiberíades = Tibério; Cesárea Marítima = Cesar, etc. Com sua morte no ano 4 a. C. o território da Palestina é dividido entre seus filhos: Arquelau, ficando com a Idumeia, Judéia e Samaria; Herodes Antipas com a Galiléia e Pereia; Herodes Felipe com Traconites. Entretanto, os Romanos depõem Arquelau, pois sua província, a Judéia, estava ingovernável e passa a ser dirigida por um procurador romano.

 

Testemunho de Lucas:

 

No evangelho de Lucas encontramos a descrição da Palestina no tempo de Jesus:

“3, 1 No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da região da Ituréia e de Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene, 2 sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto. 3 E ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão de pecados; (Lucas 3,1s) Biblia Almeida”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um procurador só deveria interferir, com o contingente militar a sua disposição quando estivesse em perigo à ordem pública ou o domínio Romano, entretanto o exercício do seu poder limitava muito as funções do Sinédrio em especial na cidade de Jerusalém. Existia entre os Romanos e o Sinédrio, lideranças judaicas, um acordo tático de mutuo respeito. O Império deixava o funcionamento do serviço religioso no Templo de Jerusalém desde que fosse mantida a ordem e os impostos aos Romanos pagos.

 

A presença do Sinédrio como segundo poder.

 

As questões internas entre os judeus eram decididas pelos membros do Sinedrio. Para os Judeus era o órgão máximo de decisões. Possuía 71 membros incluindo o Sumo Sacerdote.

Obedecia a seguinte hierarquia: Sumos sacerdotes (atual e antigos); Anciãos e senadores (aristocratas e chefes de clãns); Escribas (saduceus e fariseus).

O julgamento de estrangeiros cabia sempre aos Romanos.

 

Fontes:

Balancin, E, História do Povo de Deus, Paulinas São Paulo, 1989, pág. 130.

Casonatto, Odalberto D., Como ler o novo Testamento, Instituto de Teologia e Pastoral de Passo Fundo/RS, uso interno, 1996, pág. 13.

Vários, Bíblia: Deus conosco, Diocese de Joinvile, editora Vozes Petrópolis, 1989, pág.244.