Etimologicamente o vocábulo Natal quer dizer nascimento. Nascimento de quem? Do Papai Noel? Absolutamente! Quer nos remeter ao nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo e não o dia natalício do velhinho gordo de barba branca e roupa vermelha criado pela Coca Cola.

Nós brasileiros continuamos a nos comportar como colonizados; essa mania de imitação de americano é absurda. Não se quer dizer com isso que não se pode gostar de nada que tenha como origem os EUA; o que se quer pontuar é que até em uma data essencialmente Cristã, apesar de sua origem remontar aos festivais romanos de homenagem ao deus sol, para os cristãos de todo o planeta, o que se quer comemorar é Jesus e não o Senhor Papai Noel, ainda que sua inspiração tenha também sido baseada no Bispo Católico Nicolau.

Em algumas cidades europeias a título de exemplo, se tornou desde 2010, proibida a vinculação do personagem da empresa americana de refrigerantes ao Natal Cristão. È evidente que os lojistas adoram, uma vez que através de campanhas de consumismo desenfreado, preferem fazer esta ponte dando aos desavisados que o sentimento de Natal é encontrado principalmente na maior quantidade de presentes que alguém comprar.

Deus se faz homem em sua ampla fragilidade para habitar entre as criaturas humanas. Este acontecimento é um evento de grande importância. Deus que é Pai fez-se Filho. Participa de nossa pequenez o “Deus conosco”. A causa incriada se fez criatura, de carne, vísceras, ossos e sangue, de vida plenamente humana em toda a sua dureza, de pai e mãe de que sofriam as vicissitudes do cotidiano.

Nós temos que comemorar a Boa Nova trazida por Jesus; esta devia ser o ponto chave desta festa e não um festival de presentes, bebedeira e comilança que nos anestesiam, e o que é pior, nos fazem esquecer as mazelas que existem nas ruas de nosso país, como os descamisados que não têm para aonde ir e muito menos o que comer; sem mencionar o fato de acima de tudo, não possuírem sonhos de reverter à situação que não tem nada de natural e sim fruto de uma política mundial de concentração de renda cada vez maior de uns poucos.

Que o verdadeiro espirito de natal regado à lembrança do sangue de Jesus derramado no calvário, nos modifique e nos depure de nosso egoísmo e falta de humanidade.

SAPERE AUDE!