Jesus era judeu e sua religião era judaica. Jesus seguia os preceitos religiosos como os judeus de seu tempo e queria que essa religião fosse plenamente vivida. Assim como ele, todos os apóstolos e a grande parte dos primeiros cristãos eram de religião judaica. Esse fato é muito importante para eliminar qualquer possível antisemitismo que ainda possa existir entre nós cristãos, pois a religião judaica é como se fosse o solo a partir do qual tiramos nossas forças e crescemos como cristãos. Os judeus, nesse sentido, são nossos irmãos mais velhos.

Para Jesus - e, em seguida, para os cristãos -, a revelação divina que nós podemos observar no Antigo Testamento naturalmente levava à chegada do salvador, do Cristo Senhor, que é Jesus. Esse evento histórico que se deu no meio dos judeus, dentro da religião judaica, não foi entendido da mesma maneira. A partir desse momento, por questões bastante complexas, não foi mais possível seguir uma mesma estrada e o caminho dos cristãos se separou daquele dos judeus. Mas, como tem sido sublinhando através dos grandes esforços do diálogo interreligioso, as duas religiões têm algo em comum que precisa ser cada vez mais tido em consideração.