Realmente, lendo a história bíblica, especialmente o livro do Gênesis, deparamo-nos com pessoas que viveram mais de 900 anos. Matusalém teria vivido 969 anos, segundo Gênesis 5,27. Adão teria vivido 930 anos (Gênesis 5,5). Além dele, em geral, os primeiros personagens, de Adão até Noé,  viveram entre 969 e 365 anos. Depois, até Abraão, viveram entre 600 e 180 anos. De Abraão a Josué a duração média de idade é de 180 a 110 anos. Mas também mais tarde, Ioiada, por exemplo, morre com 130 anos (2Crônicas 24,15).

A idade avançada desses personagens bíblicos não é literal, mas uma maneira simbólica de dizer que viviam próximos de Deus: para a bíblia, a proximidade com Deus faz com que as pessoas vivam. Não precisamos fazer elocubrações e pensar que era diferente da nossa época, que os anos tinham outra contagem. Nada disso: apenas um critério literário, comum a outros ambientes daquela região (sumeros) para transmitir a mensagem de quão importante é viver próximos de Deus. Com o pecado, cuja a história de Noé marca uma divisão importante, onde acontece uma nova criação, a humanidade vive pouco tempo. Isso é emblemático em Habacuc 2,4: Eis que quem não é reto morre, enquanto que o justo viverá pela fé.

No tempo da Bíblia, as pessoas viviam como nós. A terra, há milhões de anos, leva o mesmo tempo para dar a volta em torno do sol. De fato, em Salmos 90,10 se fala que a vida dura entre 70-80 anos. Isaías, em 65,20.22, deseja que graças à bênção divina, a vida seja de 100 anos.