Os reis magos, cuja festa se celebra no dia 6 de janeiro, dia da epifania, são citados na Bíblia unicamente pelo Evangelo de Mateus, que não fala nem de número e nem que eram “reis”, mas simplesmente diz que eram “magos do oriente”. Mateus conta que, encontrando o menino na mangedoura, “abriram seus cofres e ofereceram-lhes presentes: ouro, incenso e mirra (Mateus 2,1-12).

Esses presentes não aparecem por acaso, mas são cheios de sentido. O ouro era um presente para Jesus como rei - pois o ouro era destinado aos reis -, o incenso era um presente para Jesus como Deus – pois essa resina se queima diante dos deuses – e a mirra para Jesus como homem – pois com ela se embasalmava os mortos. Portanto não são somente três presentes caros, de luxo, como normalmente podemos pensar; são simbólicos.

Através do ouro se reconhece a regalidade do menino nascido em Belém. Os magos, como conta Mateus 2,2, estavam procurando o “rei dos judeus’, numa clara evidência do reconhecimento da regalidade de Jesus.

O incenso até hoje é usado em rituais solenes de nossas igrejas como oferta. Da mesma forma era usado também no tempo de Cristo como oferta não só no tempo, mas diante de várias outras divindades.

A mirra, obtida da resina de uma árvore, era usada, misturada com o vinho, como anestesia. Nesse sentido pode ser aplicado a Cristo como aquele que veio tirar a dor do mundo. Mas era usada também para embalsamar os mortos e, sob esse ponto de vista, recorda como Jesus é também homem, sujeito à morte.

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